INTRODUÇÃO: A retirada dos pólipos adenomatosos por colonoscopia impede a progressão da seqüência adenoma-carcinoma, favorecendo a prevenção de câncer colorretal. Assim, objetiva-se demonstrar a associação entre a localização do pólipo colorretal com o aspecto morfológico e o padrão histológico em pacientes atendidos no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí. METODOLOGIA: Estudo transversal de uma série de exames de colonoscopia realizados no período de setembro de 2015 a setembro de 2016. Variáveis demográficas, laudo colonoscópico e descrição anatomopatológica foram analisados. RESULTADOS: Foram registrados 104 exames, com predomínio do sexo feminino, com média de idade de 58,1 anos. A maioria dos pólipos foram sésseis, de localização somente distal e diminutos. Os adenomas foram a categoria de pólipos mais encontrada, sendo a maioria deles com displasia de baixo grau e tubular. Os pólipos sésseis encontram-se mais de forma múltipla, enquanto os pediculados são encontrados mais isolados. Aqueles de localização distal encontram-se mais isoladamente e os adenomas múltiplos estão mais associados a displasia de alto grau. Ainda, quanto maior for o maior pólipo, maior será a probabilidade de existir uma lesão bilateral e, quanto maior a idade do paciente e o tamanho do pólipo, maior a chance do mesmo ser adenomatoso. CONCLUSÃO: Pólipos sésseis estão mais associados a pólipos múltiplos e adenomas únicos, a displasia de baixo grau. Quanto maior for o maior pólipo, maior será a probabilidade de existir uma lesão bilateral. Ainda, quanto maior a idade do paciente e o tamanho do pólipo, maior a chance do mesmo ser adenomatoso.