IntroduçãoO envelhecimento populacional tem gerado novas demandas sociais, econômicas, sanitárias e, diante da importância crescente deste segmento, estudos envolvendo a população idosa constituem um tema emergente nas diversas áreas de conhecimento 1,2,3 .A morbidade apresentada pela população idosa caracteriza-se pela preponderância de doenças crônicas e múltiplas de longa duração, exigindo acompanhamento, cuidados permanentes e exames periódicos. O idoso utiliza mais serviços de saúde, as internações hospitalares são mais frequentes do que entre adultos e o tempo de ocupação do leito é maior quando comparado a outras faixas etárias 3,4 . Ainda, o aumento da prevalência de doenças crônicas com a idade, demanda um maior consumo dos medicamentos, que constituem um dos itens mais importantes da atenção à saúde do idoso 4,5,6,7 , e requer, cada vez mais, a racionalidade da terapia medicamentosa 5,8,9 .São inegáveis os benefícios terapêuticos conseguidos com o uso correto dos medicamentos, no entanto, seu elevado consumo entre os idosos pode acarretar riscos à saúde. Os idosos fazem uso, em média, de dois a cinco medicamentos diariamente 10,11 e são particularmente mais sensíveis aos efeitos adversos, interações medicamentosas e toxicidade 9,12,13 . Na popu-ARTIGO ARTICLE Oliveira MA et al.
336Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 28(2):335-345, fev, 2012