Historicamente, a puericultura é uma atividade intrínseca da pediatria, com enfoque no bem-estar infantil, objetivando um adequado desenvolvimento neuropsicomotor. Inicialmente, a puericultura foi descrita como meio de melhorar condições higiênicas e fisiológicas das crianças, sendo o pediatra, o principal responsável por executar essa ação. A partir daí, houve o surgimento de protocolos para orientar mães sobre os cuidados e a alimentação de seus filhos. Neste sentido, a nova puericultura, ciência essa que engloba conhecimentos desde fisiologia e sociologia, promove seus cuidados a partir da criança até sua família, alertando principalmente para a prevenção das doenças crônicas do adulto que têm início intraútero e nos primeiros dois anos de vida da criança, sobretudo relacionadas aos transtornos comportamentais. Desta forma, este trabalho objetivou levantar novas perspectivas em puericultura na atenção básica de saúde e ressaltar a ação do pediatra no auxílio da identificação do TEA (Transtorno do Espectro Autista). Logo, a importância desta revisão, contribui para atualização sobre protocolos de atendimentos na atenção básica, do 1º ao 24º mês de vida dos recém-nascidos, auxílio para os profissionais das Estratégias da Saúde da Família sobre noções de puericultura e facilitar o desenvolvimento do vínculo entre equipe de saúde e a família do neonato. Sendo assim, conhecer e estabelecer a prática adequada da puericultura torna-se fundamental para abordar questões cada vez mais incidentes, como os transtornos comportamentais e consequentemente, a melhora da qualidade de vida dos futuros jovens e adultos.