O artigo analisa o mercado de trabalho dos bibliotecários, arquivistas e museólogos. Parte do princípio de que as estatísticas são fundamentais para a tomada de decisões no âmbito das políticas públicas em geral. Nesse sentido, o estudo defende a superioridade dos métodos de análise do mercado de trabalho baseados nas estatísticas oficiais, contemplando tanto a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) quanto o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o qual foi utilizado como base empírica para análise do mercado de trabalho desses profissionais da cultura e informação. Do ponto de vista metodológico, optou-se por uma abordagem quantitativa, basicamente enfocando o aspecto da movimentação do emprego. Com relação aos bibliotecários percebeu-se que houve piora na sua condição de emprego, principalmente depois das reformas trabalhistas, que ao contrário do discurso propalado, não gerou mais contratações para a categoria. Do mesmo modo, os arquivistas apresentaram um saldo de demissões significativo. Os museólogos também, mesmo com salto positivo no último ano de análise, tiveram maior contratação de trabalho terceirizado. Como consideração final, espera-se que este estudo auxilie na tomada de decisões sobre a formação dessas profissões com vistas a uma redução efetiva das desigualdades de acesso à cultura, informação de qualidade e arte na sociedade.