A coloração histológica é uma técnica indispensável para o estudo celular e tecidual de órgãos, que possibilita identificar componentes estruturais com auxílio de corantes. Algumas técnicas de coloração têm ganhado domínio na rotina laboratorial, embora muitos corantes sintéticos empregados contém alta toxicidade, que leva à crescente busca por corantes histológicos naturais alternativos. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é a avaliação do potencial de coloração de pigmentos obtidos de nove espécies vegetais derivadas e remanescentes da Mata Atlântica em secções de tecido animal e vegetal. Os resultados apontaram que seis extratos promoveram coloração de componentes teciduais do intestino, coração, encéfalo e pele de ratos. Fibras colágenas foram evidenciadas por Croton floribundus, Croton urucurana, Ocotea odorífera, Xylopia brasiliensis, e mucopolissacarídeos por Croton floribundus e Croton urucurana. Estruturas vasculares e parede celular em secções de tecido vegetal foram destacadas nas colorações por Solidago microglossa. E por fim provou-se o possível potencial de algumas espécies derivadas da Mata Atlântica e podem conter valor tintorial importante e contribuírem para o desenvolvimento de meios alternativos de coloração histológica.