sibilidade de reutilização dos banhos de descarte, direta ou indiretamente, procurando utilizar o mínimo de tratamento possível, de forma a se viabilizar a reutilização sem afetar a qualidade do produto final ou aumentar excessivamente o custo do processo. Assim, a água na indústria têxtil já está sendo avaliada como um componente a mais nas planilhas de custo das empresas e não somente como um veículo no processo de tingimento [1] .As técnicas de adsorção têm se baseado na remoção do corante principalmente empregando carvão ativo. Além deste se encontram na literatura estudos com outros materiais como bauxita, sílica-gel, vermiculite, derivados de celulose, resinas de troca iônica e fibras naturais entre outros
IntroduçãoO Estado de Santa Catarina possui um parque fabril dos mais avançados da América, que se destaca no cenário nacional de produção de têxteis. Concentra-se no Vale do Rio Itajaí, basicamente na Bacia do Rio Itajaí-Açu, onde se encontram 75 indústrias, das quais 36 são têxteis, sendo responsáveis por 10% do faturamento total dos têxteis nacionais e 30% de total de produtos exportados por toda cadeia têxtil brasileira. A importância desse segmento industrial no Estado chama a atenção quanto aos aspectos ambientais relacionados com esta atividade. Observa-se que as indústrias têm aumentado sua preocupação no que diz respeito à pos- Resumo: A água é usada na indústria têxtil como veículo para os produtos químicos em geral e corantes utilizados no processo de tingimento e beneficiamento de fibras. Neste trabalho estudou-se a reutilização de rejeitos líquidos de tingimentos de tecidos de náilon 6,6 (PA 66), tratados pelo processo de adsorção, com uma blenda de PA 6,6/quitosana (80/20), na forma de flocos. Para a produção de rejeitos líquidos, realizaram-se tingimentos de tecidos de PA 66 com os corantes ácidos Yellow Erionyl RXL, Red Erionyl A-3B e Navy Blue Erionyl R. A eficiência da remoção da cor variou entre 97-98%, com exceção dos rejeitos dos tingimentos com o corante Yellow Erionyl RXL, onde se atingiu apenas eficiências de 65 e 72% para os rejeitos com e sem auxiliares têxteis, respectivamente. A reutilização dos rejeitos tratados estudou-se em tingimentos de tecidos de malha de poliamida 6,6 com os mesmos corantes. Os valores de ∆E (diferença de cor referente a tingimento padrão com água destilada) de tingimentos em cores claras e médias, variaram de 0,24 a 1,05 (para os rejeitos de monocromia) e 0,71 a 1,07 (para os rejeitos de tricromia), e são compatíveis com os padrões industriais (∆E ≤ 1,1). Conclui-se que a reutilização dos banhos de tingimento tratados, dentro das condições aqui testadas, é possível, porém com algumas restrições para cores com predominância do amarelo.
Palavras-chave:Blenda polyamide 6,6/quitosana, corantes ácidos, reutilização de efluentes têxteis.
Nylon 6.6/Chitosan Blend as Adsorbent of Acid Dyes for the Reuse of Treated Wastewater in Polyamide DyeingAbstract: Water is used in the textile industry, mainly, as vehicle for chemicals and dyes used in the dyeing and fini...