Os contaminantes emergentes provenientes dos avanços tecnológicos, industriais, agropecuários e farmacêuticos estão cada vez mais presentes na natureza, ameaçando à saúde humana e ao meio ambiente. O levonorgestrel (LNG) é um exemplo desses contaminantes que são encontrados em concentrações extremamente baixas, dificultando a remoção por técnicas convencionais de tratamentos de água e esgoto. Portanto, surgem métodos alternativos de remoção desses compostos, como o uso da fitorremediação. Essa técnica se baseia na remoção de contaminantes emergentes através de plantas. Diante disso, objetivou-se remover o LNG de solução aquosa através das espécies Echinochloa crusgalli e Pistia stratiotes juntas e separadamente. Utilizou-se 3 tratamentos de estudo (0,16 mg L-1 de Levonorgestrel), controle positivo (com hormônio, sem plantas) e controle negativo (com plantas, sem hormônio), seguido de 3 condições de plantas (apenas E. crusgalli; apenas P. stratiotes; ambas as espécies) em duas repetições, totalizando 30 experimentos. Analisou-se as soluções por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com detector de arranjo de diodos (HPLC/DAD). As determinações de LNG nas plantas foram realizadas através de Cromatografia acoplada ao Espectrômetro de Massas (GC/MS). No geral, os resultados obtidos apresentaram um desempenho satisfatório, pois na segunda semana todos os tratamentos de estudo obtiveram uma concentração de LNG abaixo do limite de quantificação do método (0,025 mg L-1). As análises macroscópicas das plantas não apresentaram diferenças significativas, indicando que ambas as espécies desenvolveram-se bem nesse meio. Assim, conclui-se que essas espécies podem ser utilizadas em programas de biomonitoramento e fitorremediação, tanto juntas quanto separadas para complemento de purificação de água e esgoto