OBJETIVO: Analisar a aptidão física relacionada à saúde de acordo com os estágios de maturação sexual em adolescentes brasileiros (10 a 17 anos) residentes em cidade de pequeno porte de colonização germânica. MÉTODOS: Estudo derivado de um projeto populacional de base escolar e delineamento transversal realizado com adolescentes de escolas públicas (140 do sexo masculino e 130 do feminino) de São Bonifácio, Santa Catarina. Aplicaram-se os testes da bateria Fitnessgram® (percentual de gordura corporal, teste de senta e alcança, abdominais, flexão de braços em suspensão modificado e vaivém de 20m). A maturação sexual foi autoavaliada por meio dos estágios de desenvolvimento dos pelos pubianos e classificada em P1 a P5. Os resultados foram checados por análise de variância one-way, seguida do teste post hoc de Bonferroni e o Kruskal-Wallis. RESULTADOS: No sexo masculino, observou-se que o percentual de gordura corporal foi 11,4% maior em P1 (p=0,04) e 10,2% maior em P3 (p=0,01), comparado ao P5. As diferenças entre os estágios maturacionais ocorreram na flexibilidade (aumento de 5,1cm - p=0,03), nos testes de abdominais (p=0,04) e na flexão de braços (p<0,01), entre P2 e P5. No sexo feminino, valores médios de aptidão cardiorrespiratória foram inferiores (p<0,01) para aquelas nos estágios finais de maturação. CONCLUSÕES: As diferenças entre os estágios de maturação foram observadas no percentual de gordura corporal e na aptidão muscular para o sexo masculino e na aptidão cardiorrespiratória para o feminino. Ações para melhorar a aptidão física deveriam ser direcionadas aos rapazes nos primeiros estágios de maturação e às moças mais maduras.