A infecção por COVID-19 apresentou alta taxa, globalmente, de transmissão, com perfis de acometimento que variam desde doença leve, como na maioria dos infectados, até casos graves. Além disso, quadros de infecção por SARS-CoV-2, durante o período gestacional, predispõem à um maior risco de nascimento prematuro e morte perinatal, em decorrência, de indução iatrogênica de partos prematuros, como tentativa de salvar um paciente gravemente doente, e alterações inflamatórias sistêmicas que afetam a placenta. Dessa forma, o presente estudo trata-se de uma revisão de literatura sobre as complicações gestacionais ocasionadas pela infecção do vírus SARS-CoV-2, na qual foram incluídos 14 artigos, com base em busca em base de dados eletrônicas. As pacientes expostas ou infectadas pelo SARS-CoV-2 apresentaram maior incidência de parto prematuro, cesariana, necessidade de reanimação em sala de parto, índice de Apgar < 7 no 5° minuto, internação em unidade terapia intensiva e quadros de icterícia. Ademais, durante a quarta onda (Delta), a duração das hospitalizações dos pacientes se mostrou a mais longa, sendo em média 111 dias; a frequência de pneumonia confirmada por raios X e a necessidade de suporte de oxigênio não invasivo foram as mais altas. Assim, conclui-se que foi possível observar um número crescente de complicações maternas e desfechos neonatais não favoráveis ao recém-nascido, como aumento das taxas de aborto espontâneo, de natimortos, de restrição de crescimento intrauterino, de morte materna, e de partos prematuros, sobretudo aqueles originados de maneira iatrogênica