Aproximadamente 30 milhões de pessoas vivem nas áreas rurais brasileiras, com realidades bastante distintas e nem sempre favoráveis ao acesso a direitos fundamentais, como a saúde, lazer, educação, segurança, renda, alimentação. Então, como estes indivíduos poderiam permanecer nestes territórios, com alcance do estado de desenvolvimento humano? E as mulheres do campo, possuem autonomia para desenvolver seus projetos de vida, incluindo liderar os empreendimentos rurais ou é algo exclusivo dos homens, em especial das tradicionais estruturas familiares patriarcais? O que as limitariam e possibilitariam extrapolar o estereótipo de cuidadora em partir para chefiar as propriedades rurais, incluindo organizações familiares ou não? O presente trabalho possibilita uma revisão e discussão teórica sobre o tema e levanta oportunidades de investigação científica. Está dividido no debate sobre a mulher, o mundo do trabalho, o rural brasileiro e a característica de gestão de seus empreendimentos.