O adenoma pleomórfico é um tumor misto de caráter benigno, se desenvolve, predominante, em mulheres entre a terceira e a sexta década de vida. Este tumor possui uma variedade microscópica de suas tipologias celulares, sua configuração. Em geral, é relativamente comum e encapsulada, acometendo, principalmente, a porção superficial do lobo inferior da glândula parótida. Sua etiologia é controversa, entretanto sua formação se dá a partir de um crescimento lento e expansivo da formação nodular submucosa, dessa forma seu desenvolvimento microscópico de pseudópodes pode acarretar um fator de recorrência tumoral pós-cirúrgica. O diagnóstico é realizado por meio da anamnese, do exame físico e do histopatológico. Exames de imagem como ultrassonografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada, podem ser necessários para avaliar extensão do tumor e planejar a conduta terapêutica. O tratamento mais efetivo e mais utilizado é a excisão cirúrgica com margens de segurança. Este trabalho, tem como objetivo de relatar um caso de adenoma pleomórfico com incomum extensão para espaço cervical profundo parafaríngeo e carotídeo esquerdo, sem demonstração clínica típica de abaulamento em região parotídea, todavia há um abaulamento em fossa amigdaliana esquerda, obstruindo parcialmente o lúmen faríngeo, sendo, dessa forma, necessário que se realize além dos exames já citados a videolaringoscopia, visando uma melhor avaliação da localidade em que se encontrava a lesão. Foi realizado biópsia para estudo histopatológico e imuno-histoquímico a nível de parafaringe, confirmando o tipo de tumor, e a exérese completa da neoplasia, com exploração cervical atípica. Até o momento, sem indícios clínicos e imagiológicos de recidiva da lesão.