Em Anatomia, variação anatômica é um desvio da morfologia normal de um órgão ou estrutura de um indivíduo, e dentre as diversas variações anatômicas, observamos algumas na primeira vértebra cervical, como a presença de agenesia do arco posterior encontrada entre 0,9 % a 3,9% da população segundo a literatura. Assim sendo, no presente estudo pretendemos descrever a prevalência de agenesia do arco posterior do atlas em uma Coleção Osteológica da Região Nordeste do Brasil. Para o nosso estudo foram utilizados 231 atlas secos de adultos, sendo 81 do sexo feminino e 150 do sexo masculino. Todas as vértebras pertencem ao acervo do Centro de Antropologia Forense da Faculdade de Medicina da FAP-Araripina, localizada no Estado de Pernambuco, Brasil. Para coleta dos dados, foi utilizado o método de abordagem indutivo com técnica de observação sistemática e direta para coleta dos dados e procedimento descritivo para análise dos mesmos. Após a coleta dos dados, verificamos os seguintes resultados. Com relação a amostra total (n=231), observamos a ausência de agenesia em 223 vértebras, representando 96,5% dos casos. Em 8 vértebras (3,5%) encontramos a presença de fissura mediana no arco posterior. No sexo masculino a fissura posterior foi encontrada em 6 vértebras, representando 4% dos casos. Já no sexo feminino a fissura apareceu em 2 vértebras, com 2,5% dos casos estudados. Devido à grande importância desta estrutura para a clínica, faz-se necessário novos estudos em nossa população para identificação dessas variações.