RESUMO
Introdução: Os arbovírus pertencem a um grupo heterogêneo de agentes virais, que compartilham a característica ecológica de serem transmitidos por artrópodes para os hospedeiros vertebrados, apresentam sinais e sintomas semelhantes, podendo variar de quadros assintomáticos a formas graves. A Dengue, a Febre Amarela, a Chikungunya e Zika Vírus são as principais arboviroses e são doenças de notificação compulsória, com manifestações neurológicas. Objetivo: analisar através de uma revisão sistemática da literatura as principais alterações neurológicas associadas à infecção por arbovírus no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, de caráter descritivo e de abordagem qualitativa. Foram realizadas buscas na base de dados da BVS, em abril de 2023, nas bases de dados: LILACS, Google Acadêmico e SciELO. Resultados: A amostragem do estudo foi composta por dezesseis artigos. Os anos de 2016 e 2017 concentraram o maior quantitativo de publicações. Foi detectado que maior parte dos estudos possuíam mais de três autores. Discussão: as principais manifestações foram cefaleia, delírio, parestesia, síndrome de Guillain-Barré, meningoencefalite, hemorragia subaracnoide, acidente vascular cerebral hemorrágico, polineuropatia, neurite óptica, paralisia facial periférica e polirradiculoneurite aguda. Conclusão: O estudo permitiu identificar as principais alterações neurológicas associadas às infecções por ZIKV, DENV, CHIKV e WNV, tendo o Brasil como referência. Além do quadro clínico variável, apresentam quadros clínicos, neurológicos e epidemiológicos similares e amiúde superponíveis, compartilhando modo de transmissão e vetor, o que torna suas profilaxias semelhantes, sendo responsáveis por um considerável impacto econômico e social ao pais.