AGRADECIMENTOSAgradeço imensamente a todos/as que possibilitaram, compartilharam ou colaboraram com o processo de construção do presente trabalho. Esse processo torna inegável o fato de que é nas relações que a coisa acontece! A José Ricardo Ayres, pela orientação; por fazer caber no mesmo espaço um imenso estímulo intelectual, ternura e simplicidade; pela confiança e pelo apoio; enfim, pelo que tenho aprendido.A Geórgia Sibele, por participar da orientação, por me ajudar a abordar as questões com sensibilidade e ponderação. E por trazer poesia! Ao Departamento de Medicina Preventiva da USP, onde tenho me abrigado nos últimos 6 anos. Aos/às colegas e professores/as com quem têm sido possíveis importantes trocas.A Márcia Couto, pela parceria, marcada por generosidade, carinho e apoio; pelos conselhos e contribuições ao longo desse processo.Aos/às integrantes do grupo de estudo em hermenêutica filosófica, pelas discussões e reflexões em conjunto.A Gabriela Calazans, pela parceria, pelos propósitos e inquietações que compartilhamos, pela ajuda com o campo e demais contribuições.Ao Núcleo de Estudos para a Prevenção da AIDS (NEPAIDS/USP), pela riqueza das discussões, que me possibilitam constantemente ajustar o foco na abordagem das questões sobre as quais reflito neste trabalho.A Vera Paiva, pelo tanto que tem me ensinado com seus posicionamentos teóricos e políticos; pelas aulas, debates e conversas. A ela, Fernando Seffner e Richard Parker, pelas observações no exame de qualificação, imprescindíveis para a reformulação do projeto.A Richard Parker, também por me orientar no estágio sanduíche na Columbia University, pela cuidadosa acolhida e pela generosidade com que partilhou suas ideias e referenciais teóricos. A proposição inicial do uso de camisinha como prevenção de HIV/aids está vinculada à noção de sexo seguro, desenvolvida pela comunidade gay estadunidense no início da década de 1980. No Brasil, o sexo seguro foi incorporado nas primeiras respostas à epidemia e, com o desenvolvimento das ações preventivas, a camisinha foi adotada como a principal estratégia de proteção contra a transmissão do HIV por via sexual. Atualmente, o segmento populacional composto por gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH) configura um dos focos de concentração da epidemia e, portanto, um dos públicos-chave para o direcionamento da prevenção. Este trabalho tem como objetivo recuperar os discursos acerca da camisinha como estratégia de prevenção de HIV/aids entre gays/HSH, construídos pela política pública de saúde e pelos movimentos sociais no Brasil, buscando compreender seus significados no contexto dos impasses enfrentados pela prevenção ao longo de sua história. O estudo é fundamentado nas abordagens construcionistas da sexualidade e utiliza como referências a perspectiva da vulnerabilidade e a teoria dos scripts sexuais. Trata-se de investigação qualitativa, realizada com base em entrevistas em profundidade com 13 pessoas que mantêm/mantiveram envolvimento significativo com o enfrentamento da epidemia de HIV/aids...