Drawing from two years of ethnographic fieldwork in Rio de Janeiro, this article traces the proximity between educational interventions and the war on drugs. To do so, I introduce the concept of pedagogies of prohibition, which names this proximity. Pedagogies of prohibition center on temporal concerns (rather than strictly spatial ones), revealing neglected aspects of discipline and policing. Whereas disputes over prohibition frequently hinge on control over territory, pedagogies of prohibition leverage the subject-making potential of everyday schedules and time-bounded habits. The article’s three sections focus on three forms of temporal control—busyness, punctuality, and rhythm—and each demonstrates how the war on drugs is rendered productive of particular lifestyles and consumption practices. By positioning hard (policing) and soft (educational) anti-drug interventions in the same frame, I show how these two aspects of the war on drugs incorporate everyday domains such as habit and aspiration, impacting the routines of Black and working-class youth in urban Brazil.
RESUMO
A partir de dois anos de trabalho de campo etnográfico no Rio de Janeiro, este artigo traça a proximidade entre as intervenções educativas e a guerra contra as drogas. Para tal, introduz o conceito de pedagogias de proibição, que designa esta proximidade. Pedagogias de proibição centra-se em preocupações temporais (e não estritamente espaciais), revelando aspectos negligenciados de disciplina e policiamento. Enquanto as disputas sobre a proibição dependem frequentemente do controlo do território, as pedagogias de proibição potencializam o aspecto de formação de sujeitos dos horários diários e dos hábitos quotidianos. As três secções do artigo focalizam em três formas de controle temporal—ocupação, pontualidade e ritmo—e cada uma delas demonstra como a guerra às drogas se torna propulsora de determinados estilos de vida e práticas de consumo. Ao posicionar intervenções antidrogas duras (policiamento) e suaves (educativas) no mesmo quadro, este artigo mostra como estes dois aspectos da guerra às drogas incorporam domínios quotidianos como o hábito e a aspiração, impactando as rotinas da juventude Negra e de classe trabalhadora no Brasil urbano.