Resumo: Estimar o volume individual das árvores com precisão e sem viés é um pré-requisito para um inventário florestal de qualidade. Para tanto, os métodos mais comuns se baseiam na aplicação do fator de forma médio ou em equações de simples ou dupla entrada. O presente estudo propõe modelos com dois diâmetros como variáveis independentes para estimar o volume comercial de Tectona grandis, visando melhorar sua precisão e reduzir o viés. Trinta e cinco árvores de plantios comerciais de 4 a 5 anos de idade, localizados no município de Redenção, Pará, foram cubadas rigorosamente pelo método de Smalian. Diâmetros a diferentes alturas foram correlacionados com o volume real. Três novos modelos volumétricos baseados em dois diâmetros foram propostos, sem a adição da variável altura da árvore. Compararam-se esses modelos com outros tradicionalmente empregados em inventários florestais. O modelo de melhor ajuste usa o diâmetro à altura do peito (dap) e o diâmetro a 4,0 m de altura (d4,0) como variáveis independentes. Dificuldades operacionais do uso de d4,0 foram discutidas. Os modelos que utilizam o dap e o diâmetro a 2,0 m (d2,0) foram considerados os mais satisfatórios, pois são mais precisos e práticos que os clássicos, além de serem operacionalmente mais factíveis que o modelo com d4,0. Portanto, existem outros diâmetros que são mais correlacionados com o volume do que o dap, e que a introdução de um segundo diâmetro melhora as estimativas de volume, mesmo sem a inclusão da variável altura.Palavras-chave: Correlação. Predição. Modelagem. Regressão.
Abstract:Estimating the individual volume of trees with precision and without bias is a prerequisite of a quality forest inventory. The most common methods are based on application of the average form factor, or on single or double entry equations. This study proposes models with two diameters as independent variables to estimate the commercial volume of Tectona grandis, with a view to improving precision and reducing bias. Thirty-five trees from commercial plantation of 4-5 years old, in the town of Redenção, in the State of Pará, were rigorously cubed using the Smalian method of scaling. Diameters at different heights were correlated with actual volume. Three new volumetric models based on two diameters were proposed, without the addition of tree height as a variable. These models were compared with others, which are traditionally used in forest inventories. The model with the best fit uses the diameter at breast height (dap) and at a height of 4.0 m (d4.0) as independent variables. The operational difficulties of using d4.0 are discussed. Models that use the dap and the diameter at 2.0 m (d2.0) were considered the most satisfactory, as they are more accurate and practical than classic models, and operationally more feasible than the model using d4,0. The conclusion was that there are other diameters that are more correlated with volume than dap, and that the introduction of a second diameter improves volume estimates, even without the inclusion of height as a variable.