Aleitamento materno exclusivo: adesão e dificuldades

Abstract

RESUMOObjetivo: conhecer a taxa de adesão ao aleitamento materno exclusivo e as dificuldades que levam ao desmame precoce. Método: estudo quantitativo, observacional, com delineamento de correlação, envolvendo 102 mães de recém-nascidos internados no alojamento conjunto do SUS e convênio, no período de junho a julho de 2017. Os dados foram produzidos pelo monitoramento do aleitamento materno por 180 dias em três etapas distintas (30º; 90º e 180º dia) por meio de entrevistas com perguntas formalizadas pelo checklist efetuado por contato telefônico. Em seguida, os dados foram transcritos na íntegra e analisados por estatística descritiva e inferencial. Resultados: a taxa de adesão ao aleitamento materno nos seis primeiros meses de vida foi de 23,53%, considerada razoável segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). As dificuldades mais apontadas foram leite insuficiente (32,93%) e introdução da suplementação (24,39%). Conclusão: a taxa de adesão ao aleitamento materno encontrada, classificada como “razoável” pela OMS, ainda está abaixo do preconizado. As principais dificuldades referidas pelas mães ao amamentar fornecem informações para que a equipe de saúde promova ações de promoção e incentivo à prática do aleitamento materno. Descritores: Aleitamento Materno; Leite Materno; Desmame Precoce; Alta Hospitalar; Alojamento Conjunto; Mortalidade Infantil. ABSTRACT Objective: to know the rate of adherence to exclusive breastfeeding and the difficulties that lead to early weaning. Method: a quantitative, observational study with a correlation design involving 102 mothers of newborns hospitalized in the joint accommodation of the UHS and the agreement, from June to July 2017. Data was produced by monitoring breastfeeding for 180 days in three distinct stages (30º, 90º and 180º day) through interviews with questions formalized by the checklist made by telephone contact. The data was then transcribed in full and analyzed by descriptive and inferential statistics. Results: the rate of adherence to breastfeeding in the first six months of life was 23.53%, considered reasonable according to the World Health Organization (WHO). The most frequent difficulties were insufficient milk (32.93%) and introduction of supplementation (24.39%). Conclusion: the rate of adherence to breastfeeding found, classified as "reasonable" by the WHO, is still lower than recommended. The main difficulties reported by breastfeeding mothers provide information for the health team to promote breastfeeding promotion and encouragement. Descriptors: Breastfeeding; Breast milk; Early Weaning; Hospital discharge; Joint Accommodation; Child mortality.RESUMEN Objetivo: conocer la tasa de adhesión a la lactancia materna exclusiva y las dificultades que conducen al destete precoz. Método: estudio cuantitativo, observacional, con delineamiento de correlación, involucrando 102 madres de recién nacidos internados en el alojamiento conjunto del SUS y convenio, en el período de junio a julio de 2017. Los datos fueron producidos por el monitoreo de la lactancia materna por 180 días en tres etapas distintas (30º, 90º y 180º día) por medio de entrevistas con preguntas formalizadas por el checklist efectuado por contacto telefónico. A continuación, los datos fueron transcritos en su totalidad y analizados por estadística descriptiva e inferencial. Resultados: la tasa de adhesión a la lactancia materna en los seis primeros meses de vida fue del 23,53%, considerada razonable según la Organización Mundial de la Salud (OMS). Las dificultades más señaladas fueron leche insuficiente (32,93%) e introducción de la suplementación (24,39%). Conclusión: la tasa de adhesión a la lactancia materna encontrada, clasificada como "razonable" por la OMS, todavía está por debajo del preconizado. Las principales dificultades referidas por las madres al amamantar proveen informaciones para que el equipo de salud promueva acciones de promoción e incentivo a la práctica de la lactancia materna. Descriptores: Lactancia; Leche Humana; Destete; Alta Del Paciente; Alojamiento Conjunto; Mortalidad Infantil.

Fatores que contribuem para o desmame precoce: uma revisão integrativa

“…Fatores como ansiedade, estresse e cansaço podem influenciar na produção do leite e consequentemente fazer com que a mulher chegue a pensar que seu leite é insuficiente para alimentar o bebê. É necessário que os profissionais de saúde estejam atentos para promover e incentivar a aquisição de conhecimentos/retirada de dúvidas acerca da amamentação e fornecer o apoio a essa gestante, para que ela consiga diminuir o estresse e o cansaço nesse período Borim;Werneck, 2018).…”

Aleitamento materno até o sexto mês de vida em municípios da Rede Mãe Paranaense

“…A literatura aponta que uma possível explicação para a associação da paridade com o AME é o papel da experiência materna anterior com o aleitamento, pois mulheres com experiência anterior têm maior chance de realizar AME nos seis meses após o nascimento 15,20 . Sobre o tipo de parto, a cesariana mostrou-se associada à menor prevalência do AM por um estudo e pode ser relacionada a outros fatores de risco, como não nascer em uma maternidade com Iniciativa Hospital Amigo da Criança e não amamentar na primeira hora de vida 21 . Em relação as consultas de pré-natal, estas mostraram-se importantes para o seguimento do AM, assim como na pesquisa realizada em Porto Alegre que demonstrou resultados favoráveis para o AME para mulheres com mais de oito consultas 22 .…”

Uso da chupeta como fator preditivo a interrupção precoce da amamentação: Uma revisão integrativa

“…Esse fenômeno pode ser justificado devido a amamentação ser um processo complicado de ser realizado, exigir esforços da mulher e poder vir acompanhado de fatores que podem dificultar sua execução como, por exemplo: crença sobre leite fraco, mastalgia, ductos lactíferos bloqueados, ingurgitamento mamário, mastite, absesso mamário, fissuras mamilares, pega incorreta e o tempo de licença maternidade (Freitas, Werneck & Borim, 2018 Por essa razão, esses fatores podem culminar o desmame precoce da amamentação antes dos seis meses de vida e a introdução de outros alimentos na dieta da criança que estava em aleitamento materno exclusivo (Prado, Fabbro & Ferreira, 2016).…”