Apresentamos aqui uma atualização sobre o transplante de conjuntiva, tanto em relação à sua técnica cirúrgica como em relação às indicações para o pterígio, tumores conjuntivais, úlceras vernais, ceratoconjuntivite límbica superior e necrose conjuntival de fístula glaucomatosa.
Conjunctival transplantation( Quando a patologia for unilateral e houver conjuntiva sadia no mesmo olho ou no olho contra-lateral, o transplante autólogo, portanto, de conjuntiva deverá ser realizado. Quando, no entanto, não houver disponibilidade de sítio conjuntival doador saudável do paciente receptor, doador HLAcompatível deverá ser utilizado, sem necessidade de imunosupressão sistêmica.O transplante de conjuntiva está indicado nas seguintes situações:
PterígioSabe-se que a recorrência do pterígio após exérese simples é alta, sendo relatada em até 88% dos casos 1 . Diversos procedimentos têm sido associados à exérese simples do pterígio para reduzir esta alta recorrência, tais como o uso de beta-terapia, mitomicina-C, oncotiotepa, membrana amnió-tica e transplante de conjuntiva.O uso isolado de membrana amniótica reduz a recorrência do pterígio em relação à exérese simples para 10,9% a 37,5%, ainda maior que o transplante autólogo de conjuntiva 2 . Todos os outros procedimentos acima reduzem drasticamente o índice de recorrência do pterígio para uma média de 5% a 10% 2,3 . Entretanto, a incidência de complicações associadas ao uso de irradiação por beta-terapia e uso de substâncias anti-fibroblásticas (como a mitomicina-C e oncotiotepa), principalmente necrose escleral tardia, têm sido relativamente freqüentes, com índices que chegam a 10% após 10 anos da cirurgia 4 . Como o transplante autólogo de conjuntiva reduz também a taxa de recorrência do pterígio para níveis semelhantes às do uso de beta-terapia e de agentes anti-fibroblásticos, sem as complicações graves da necrose