“…Por outro lado, indivíduos com baixa escolaridade tendem a apresentar maior déficit de autocuidado e de adesão ao tratamento medicamentoso, dificuldade de compreensão, de acesso ao setor de saúde e maior dificuldade em aderir a um programa de hábitos de vida mais saudáveis(TUNG et al, 2012;ÁVILA et al, 2013) Em relação à condição econômica, sabe-se que as cardiopatias acometem, principalmente, indivíduos de renda baixa. Corroborando outros estudos, nossa população apresenta renda individual baixa, de 1 a 2 salários mínimos(LINHARES et al, 2016;DO NASCIMENTO et al, 2016;FERNANDES et et., 2016;DE ALMEIDA NETO et al, 2016;.Estudo desenvolvido em hospitais privados e públicos observou que pacientes com seguimento em instituições particulares se mantinham por maior tempo em tratamento e possuíam uma evolução positiva da IC quando comparados a indivíduos de baixa renda. Estes últimos apresentaram maior porcentagem de abandono do tratamento medicamentoso, de falta às consultas anuais e frequente descompensação da cardiopatia(TAVARES, 2004) A classe econômica, assim como o nível de instrução, refletem-se no cenário saúdedoença e, apesar de serem medidas relativas à desigualdade em distribuição de renda e acesso a educação, estão diretamente associadas a pior resposta às ações preventivas ,com aumento das hospitalizações, desenvolvimento de comorbidades e elevação da taxa de mortalidade, tornando-se um problema de ordem global (MARGOTO; COLOMBO;GALLANI, 2009;GUTIERREZ;MARQUES, 2012;DO NASCIMENTO et al, 2016;.A maior prevalência do sexo feminino em nossa população, muito embora pequena em relação ao número de homens, contradiz a literatura nacional e internacional, na qual há presença do sexo masculino é maior na IC (SACCOMANN; CINTRA;GALLANI, 2011; MUSSI et al, 2013;SANTOS et al, 2017;VELLONE et al, 2017;NORDGREN;SÖDERLUND, 2017;EVANGELISTA et al, 2017).As DCV representam 50% das causas de morte em mulheres, estando diretamente relacionadas com a idade.…”