A úlcera gastroesofágica figura como uma das principais causas de morte súbita de suínos em fase de reprodução. O objetivo deste trabalho foi avaliar os achados anatomopatológicos das lesões gástricas subclínicas em miniporcos. Quarenta animais, com peso médio de 39kg e idade de 17 meses, foram mantidos em biotério, em condições de temperatura e umidade constantes, alimentados duas vezes ao dia, sendo depois eutanasiados e necropsiados. Os estômagos foram colhidos e avaliados. Macroscopicamente, 29 animais apresentaram alterações na região aglandular, sendo que 37,5% foram classificadas no grau 1; 22,5%, no grau 2; e 12,5%, no grau 3. Microscopicamente, 29 (72,5%) miniporcos apresentaram paraqueratose. Destes, 35% tinham a forma moderada, 25% a discreta e 12,5% a acentuada. As lesões glandulares foram mais extensas na região cárdica, seguida da antral e fúndica. Trinta e seis (90%) animais apresentaram lesão em pelo menos uma das três regiões. Em 21 (52,5%) mini-porcos observou-se hiperatividade mucípara com catarro; em 17 (42,5%), aumento da atividade mucípara; em dez (25%), erosão. Os achados revelaram alta prevalência de lesões pré-ulcerativas nos estômagos dos miniporcos. A presença destas relacionou-se à gravidade macroscópica: quanto mais graves, mais intensa a paraqueratose.