Analisando os fatores sociodemográficos de uma amostra de usuárias de crack, esta pesquisa objetivou contribuir para o conhecimento de fatores propulsores de risco e de vulnerabilidade da saúde da população estudada. Participaram deste estudo 45 mulheres, com idade média de 29,11 anos (DP= 7,99), internas em Clínicas de Reabilitação (34) e Comunidades Terapêuticas (11) dos Estados da Paraíba e Pernambuco. Como instrumento, utilizou-se um questionário sociodemográfico, analisado por meio de estatística descritiva, com auxílio do software SPSS/PASW versão 21.0. Os resultados apontaram para um perfil de usuárias em sua maioria jovens, em idade reprodutiva e com experiências maternas, com baixo nível de escolaridade e fora do mercado formal de trabalho. Estes dados demonstram a necessidade de um maior investimento em termos de saúde e educação nesta faixa etária da população estudada, e a importância do aprimoramento das políticas públicas neste âmbito, a fim de reduzir os impactos biopsicossociais.