RESUMO Objetivo: avaliar o ambiente da prática profissional da enfermagem durante a pandemia da Covid-19. Método: estudo transversal, conduzido em uma amostra constituída pela equipe de enfermagem que atuava em um hospital universitário. Utilizou-se a escala Practice Environment Scale (versão brasileira) com 24 itens distribuídos em cinco subescalas. As análises foram realizadas no Statistical Package for the Social Sciences, versão 25, e aplicou-se significância estatística de 5% (p≤0,05). A consistência interna do instrumento foi avaliada pelo alfa de Cronbach. Resultados: participaram da pesquisa 243 profissionais, sendo 62,1% técnicos e auxiliares de enfermagem e 37,9% enfermeiros. A média do escore para a Practice Environment Scale foi de 2,58 (desvio-padrão = 0,69) e os participantes consideraram três das cinco subescalas favoráveis: “Fundamentos de enfermagem voltados para a qualidade do cuidado” (média 2,58 e dp ± 0,73); “Habilidade, liderança e suporte dos coordenadores/supervisores de enfermagem aos enfermeiros/equipe de enfermagem” (média 2,74 e dp ± 0,82) e “Relações colegiais entre enfermeiros e médicos” (média 2,78 e dp ± 0,76). Os profissionais capacitados para o cuidado dos pacientes com COVID-19 tiveram percepção mais favorável em relação àqueles que não o foram. Conclusão: o ambiente de trabalho da enfermagem foi considerado misto, na pandemia, portanto, necessita de melhorias para que as condições de trabalho da enfermagem sejam as mais adequadas possíveis.