Os estudos sobre AF concentraram-se em avaliar as características sociais e demográficas do indivíduo. Todavia esses fatores são insuficientes para aumentar os níveis de AF na população e são de difícil modificação. Em decorrência disso, modelos ecológicos têm sido propostos na atualidade por pesquisadores da área. Eles partem do pressuposto de que o ambiente construído, natural e social possui forte associação à prática de atividade física (AF) de lazer, sendo este o domínio com maior possibilidade de proposições de intervenções. Portanto, o presente estudo teve como objetivo analisar a autopercepção do ambiente para a realização de atividades físicas localizados perifericamente às Unidades Básicas de Saúde do perímetro urbano de uma cidade no interior do Amazonas. Trata-se de um projeto transversal englobado por um estudo guardachuva intitulado "Intervenção liderada por agentes comunitários de saúde para manejo de Diabetes tipo 2 no interior do Amazonas". Os dados foram coletados no município de Iranduba/AM (38,1 km de carro da capital). Ao todo participaram da entrevista 278 usuários moradores da zona urbana de Iranduba, pelo menos mais da metade dos participantes discordaram totalmente da existência de estruturas de lazer, de recriação gratuitas e para andar de bicicleta no bairro ou ao redor dele. Desses participantes, a maioria era alfabetizado com o ensino fundamental incompleto, de baixa renda e não trabalhava. Em conclusão, esse estudo demonstrou que 72,65% dos participantes relataram que não há opções de estruturas de lazer/ recreação gratuitas ou de baixo custo no seu bairro.