A crescente conscientização da importância de questões ambientais -esgotamento de recursos naturais, aumento de efeito estufa e mudanças climáticas, escassez de água de qualidade, poluição de ar urbano etc. -tem levado designers e pesquisadores a buscarem cada vez mais "soluções sustentáveis -desenvolvendo produtos e serviços para o futuro" nas suas atuações (Charter; Tischner, 2001), com a sustentabilidade se tornando uma prioridade competitiva.Assim, nos anos 1990, principalmente na Europa, ecodesign e Design for Environment têm desenvolvido abordagens para considerar questões ambientais na inovação. Desde 2011, a norma ISO 14006 cunhou uma definição padrão comumente adotada para o ecodesign: "A integração dos aspectos ambientais na concepção e desenvolvimento de produtos, com o objetivo de reduzir os impactos ambientais adversos em todo ciclo de vida de um produto" (p. 2), acrescentando que outras terminologias utilizadas em todo o mundo incluem: Environmentally Conscious Design (ECD), Design For Environment (DFE), green design e environmentally sustainable design (ISO, 2011).Entretanto, apesar da grande quantidade de pesquisas e publicações sobre ecodesign, estudos recentes indicam que uma integração consistente dos aspectos ambientais no desenvolvimento de produtos ainda é um desafio para a maioria das empresas (Brones et al., 2015). Assim, a questão da integração mais ampla da sustentabilidade, desde as atividades rotineiras até as tarefas estratégicas envolvidas nos processos de inovação, continua sendo um desafio grande, do ponto de vista da prática como do conhecimento associado. O presente capítulo traz uma série de reflexões e resultados centrados nesse tema da integração entre sustentabilidade e inovação. Começa por uma perspectiva histórica, resgatando as evoluções ao longo das últimas décadas dos conceitos de sustentabilidade, design e ecodesign. Tendo em mente esse quadro de evolução, em um segundo momento,