Analiso os remanescentes arquitetônicos da Colônia de Leprosos Santo Antônio do Prata, no estado do Pará, Amazônia brasileira. O debate considera o contexto nacional referente à política de combate à hanseníase, em específico, na primeira metade do século XX. O foco de análise recai sobre a organização espacial, em particular a arquitetura da instituição. Para isso, apliquei modelos de análise morfológico-espacial em dois pavilhões de internamento. Tais informações foram conjugadas com dados etnográficos e históricos. Argumento que a infraestrutura material da instituição foi constituída enquanto tecnologia de poder sobre os corpos dos grupos a ela submetidos, com objetivos de políticas de Estado que tinham como pressuposto o binômio reclusão e exclusão.