RESUMO Este artigo objetiva identificar as tendências dos estudos sobre o Inglês como meio de instrução (IMI) no Brasil e sugerir uma agenda de pesquisa que trate de questões ligadas à sua adoção como uma das línguas empregadas no ensino superior, com vistas à internacionalização. A fim de conhecer como o IMI tem sido abordado em publicações brasileiras, realizamos esta metassíntese qualitativa (MATHEUS, 2009), compreendendo estudos publicados entre 2010 e 2020. Em termos de desenho, os trabalhos foram classificados de acordo com seu caráter: exploratório, descritivo ou explicativo-especulativo (GIL, 2019). As abordagens desses estudos foram categorizadas como de reconfiguração, caso indicassem viés crítico, ou de acomodação, quando estes propunham apenas aperfeiçoamentos na política de IMI (PARK; WEE, 2012). Após análise de conteúdo dos textos, os resultados apontam que as pesquisas exploratórias se sobressaem em relação às outras perspectivas e há maior número de estudos voltados para reconfiguração, sinalizando que a comunidade acadêmica tem questionado e problematizado o IMI no contexto brasileiro, utilizando diferentes vertentes para tal, como a do inglês como língua franca; a decolonialidade; a perspectiva multimodal; a internacionalização crítica, dentre outras.