Este ensaio aborda as velhices dissidentes de gênero e sexualidade, ou comumente identificadas como LGBTQI+, no enfrentamento das questões colocadas pelo atual momento de pandemia da Covid-19. No entanto, no transcorrer do debate, identificamos que a gramática das trajetórias de envolvimento ocupacional desta população, que ambiguamente convive com os agenciamentos do estigma do ser velho e da identidade de gênero e sexual, caminharam para além das estratégias de enfrentamento da atual pandemia. E sim, para um processo complexo e longitudinal, histórico e culturalmente construído, dos mecanismos de abjeção e invisibilidade que os colocam na dicotômica e injusta condição de buscar ‘saídas do armário’ para responder entre as privações de liberdade e as libertações de gênero e sexualidade. A vivência de situações de crise coloca na arena política abertamente as fragilidades e vulnerabilidades desta população. Neste sentido, compartilhamos conjecturas teóricas a partir dos estudos da ocupação humana sobre as coesões e disjunções do tecido social, a intencionalidade do agir coletivo, e contextualizamos estes posicionamentos com algumas ações desenvolvidas na ONG EternamenteSOU, na cidade de São Paulo e Rio de Janeiro, na qual fazemos parte como agentes voluntários. AbstractThis essay addresses old age dissenting in gender and sexuality, or commonly identified as LGBTQI+, in addressing the questions posed by the current pandemic moment of Covid-19. However, in the course of the debate, we identified that the grammar of the trajectories of occupational involvement of this population, which ambiguously coexists with the agencies of the stigma of being old and of gender and sexual identity, went beyond the strategies of coping with the current pandemic. And yes, for a complex and longitudinal, historically and culturally constructed process, of the mechanisms of abjection and invisibility that place them in the dichotomous and unfair condition of seeking 'out of the closet' to respond between deprivation of liberty and liberations of gender and sexuality. The experience of crisis situations places the weaknesses and vulnerabilities of this population in the political arena. In this sense, we share theoretical conjectures from the studies of human occupation on the cohesions and disjunctions of the social fabric, the intentionality of collective action, and contextualize these positions with some actions developed at EternamenteSOU aNon-governmental organization, in the city of São Paulo and Rio de Janeiro, we are part of as volunteer agents.Keywords: Aging; Gender; Elderly, LGBT; Sexuality; Occupational therapy. ResumenEste ensayo aborda las vejez disidentes de género y sexualidad, o comúnmente identificadas como LGBTQI +, al abordar los problemas planteados por el momento pandémico actual de Covid-19. Sin embargo, en el curso del debate, identificamos que la gramática de las trayectorias de participación ocupacional de esta población, que coexiste ambiguamente con las agencias del estigma de ser viejo y de identidad de género y sexualidad, fue más allá de las estrategias para enfrentar la pandemia actual. Y sí, para un proceso complejo y longitudinal, construido histórica y culturalmente, de los mecanismos de abyección e invisibilidad que los colocan en la condición dicotómica e injusta de buscar 'fuera del armario' respuestas entre la privación de libertad y las liberaciones de género y sexualidad. La experiencia de situaciones de crisis coloca abiertamente las debilidades y vulnerabilidades de esta población en la arena política. En este sentido, compartimos conjeturas teóricas de los estudios de la ocupación humana sobre las cohesiones y disyunciones del tejido social, la intencionalidad del actuar colectivo, y contextualizamos estas posiciones con algunas acciones desarrolladas en la ONG EternamenteSOU, en la ciudad de São Paulo y Río de Janeiro, donde somos parte como agentes voluntarios.Palabras clave: Envejecimiento Género; Adultos mayores, LGBT; Sexualidad; Terapia ocupacional.