RESUMO -O babaçu (Orbignya martiana), palmeira abundante no Nordeste brasileiro, apresenta grande potencial econômico nas regiões em que é produzida. Seu fruto é dividido em quatro partes: epicarpo, mesocarpo, endocarpo e amêndoa, todos com aplicações industriais e comerciais. Sua farinha, obtida a partir do mesocarpo, tem tido crescente aceitação no setor alimentício, sem, no entanto, apresentar na literatura muitos estudos a respeito de suas isotermas de sorção, importantes para predizer a estabilidade química e física em função do conteúdo de água e o teor de umidade que impede o crescimento dos microrganismos. Assim, os objetivos deste trabalho foram estudar o comportamento das isotermas de adsorção da farinha de babaçu comercial às temperaturas de 25 e 40°C, selecionar o modelo que melhor se ajusta aos dados experimentais e estimar o calor isostérico de sorção. As isotermas foram construídas pelo método gravimétrico. Para os ensaios de adsorção, foram empregadas amostras de farinhas de babaçu previamente secas. A seleção do melhor modelo foi feita com base no coeficiente de determinação e no qui-quadrado. À exceção de BET, todos os demais modelos testados permitiram ajustes muito bons nas temperaturas estudadas, sendo que a 25 °C os modelos de Henderson e Peleg apresentaram os melhores ajustes, enquanto que a 40°C, o de GAB foi o mais adequado. Os calores isostéricos de adsorção apresentaram comportamento inversamente proporcional à umidade de equilíbrio.