Introdução: O avanço tecnológico, a má alimentação e a inatividade física são alguns dos responsáveis pelo aumento no número de crianças que apresentam doenças de caráter crônico degenerativas, problema atual de saúde pública em diferentes instituições de ensino particular e público. Objetivo: Analisar, classificar e comparar a composição corporal e desempenho físico de escolares de instituições da rede privada e pública de uma cidade litorânea paulista. Métodos: Foram avaliadas 117 crianças, 58 voluntários de escolas públicas e 59 voluntários de escola particular com idade entre 8 e 11 anos. Foram realizadas as seguintes avaliações: antropometria: massa corporal, estatura, índice de massa corpórea (IMC), e percentual de gordura corporal (%GC) obtido por meio da utilização da medida das dobras cutâneas (tricipital e subescapular). Desempenho físico: flexibilidade, força de preensão manual, força e resistência abdominal. Análise estatística: após a confirmação da não normalidade dos dados, optou-se pelo teste de Mann- -Whitney U para comparação entre os grupos e o teste t Student para comparação entre o valor obtido e normativo de referência. Resultados: As crianças da escola privada quando comparadas às da escola pública revelaram diferenças estatísticas significativas para IMC, %GC, força de preensão manual e força e resistência abdominal. Conclusão: Esses achados denotam valores elevados em relação aos valores de referência para as variáveis antropométricas e valores abaixo dos valores de referência para as variáveis de desempenho físico, o que pode ser prejudicial à saúde de crianças em fase de crescimento e desenvolvimento.