A preocupação com o crescente aumento de cianobactérias nos reservatórios de abastecimento populacional ocorre devido ao potencial de produção de toxinas no interior de suas células, que ao serem liberadas nas águas bruta ou tratada, ocasionam inúmeros malefícios a saúde humana, ao meio ambiente e a economia. Nesse contexto, o presente estudo objetivou avaliar as correlações entre a ocorrência da cianotoxina denominada Saxitoxina (SXT) e a sua relação com importantes variáveis ambientais no rio Piranhas. As amostragens de água bruta foram realizadas no período de junho a agosto de 2022, e, além da SXT, os seguintes parâmetros foram analisados: cor aparente, turbidez, condutividade elétrica, pH, nitrogênio amoniacal, alumínio, fosforo total, ferro, alumínio e Chl-a. Os parâmetros com correlações significativas foram investigados quanto às suas variações ao longo do tempo elaborando-se gráficos de dispersão descritivos. Os resultados apontam que a SXT foi significativamente correlacionada com cinco parâmetros de qualidade da água, sendo quatro positivamente (cor, turbidez, nitrogênio amoniacal e clorofila-a) e um negativamente (Al), em que as mais fortes aconteceram entre a STX com o nitrogênio amoniacal (0,84) e a clorofila-a (0,77). De forma geral, a densidade da comunidade fitoplanctônica se mostrou bem diversificada, com destaque para a divisão Cyanophyceae, que foi superior em relação as demais divisões, com destaque para o gênero Oscillatoria sp. Os níveis de STX identificados estavam dentro dos limites recomendados pela legislação brasileira, contudo estes valores ainda estabelecem potencial de risco à saúde pública.