Introdução: o uso indiscriminado de paracetamol, impulsionado pela automedicação, representa um grave problema de saúde pública, podendo levar a danos hepáticos e até falência hepática aguda. A disponibilidade sem prescrição facilita a ingestão excessiva, mesmo sendo eficaz no alívio de dor e febre quando usado corretamente. A intoxicação resulta da produção de um metabólito tóxico em doses elevadas, sobrecarregando o fígado e causando lesões celulares. A faixa etária mais vulnerável é entre 15 e 24 anos, mas a forma fulminante é comum em adultos mais velhos, especialmente se houver consumo regular de álcool. A compreensão desses riscos, sinais e sintomas é crucial para diagnóstico e intervenção adequados, visando evitar complicações graves. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica, os termos de busca utilizados, conectados e combinados usando “AND” foram os descritores: Sinais e Sintomas; Doença Hepática Induzida por Substâncias; Acetaminofen. As bases de dados utilizadas foram SCIELO, PUBMED, LILACS, BVS e MEDLINE, foram selecionados 35 artigos para análise. Resultados: o paracetamol é metabolizado principalmente pela sulfatação e glucoronização, mas em doses elevadas, uma pequena parte é oxidada pelo sistema microssomal hepático, formando o composto tóxico NAPQI. A sobrecarga desse sistema pode levar à produção excessiva de NAPQI, causando estresse oxidativo e lesão hepática. Além disso, a ativação das células de Kupffer após a ingestão excessiva desencadeia uma resposta inflamatória que agrava a lesão hepática. Os sinais e sintomas da intoxicação incluem febre, icterícia, náuseas e dor abdominal. O diagnóstico é desafiador e envolve a identificação do medicamento envolvido, avaliação da gravidade da intoxicação e exclusão de outras possíveis causas. Os exames laboratoriais, como a dosagem de enzimas hepáticas e a detecção de substâncias como o APAP-CYS no soro, são essenciais para confirmar o diagnóstico. Considerações finais: Diante do exposto, entende-se que os principais sinais e sintomas, caracterizam-se principalmente pela: febre baixa, icterícia, prurido corporal, náuseas, vômitos, colúria e hipocolia fecal, os quais surgem entre 24 horas e 48 horas após a exposição excessiva ao paracetamol.