Análise das hospitalizações por doenças cardiovasculares associadas a fatores ambientais

Abstract

Variáveis climáticas como a precipitação, umidade relativa e temperatura, podem afetar a saúde humana de forma direta e indireta devido ao fato do corpo humano estar em permanente contato com o meio ambiente atmosférico. As doenças do aparelho circulatório (DAC) representam um importante problema de saúde pública no Brasil, por serem a principal causa de mortalidade, sendo também uma das principais causas de hospitalização. Diante desse contexto, este estudo tem como objetivo analisar o grau de relação entre hospitalizações por DAC e fatores climáticos no município de Campina Grande-PB. O atual estudo trata-se de uma pesquisa ecológica de séries temporais para o período compreendido entre 1998 e 2013.Inicialmente foram analisadas as internações por DAC, em seguida, essas internações foram associadas a valores médios das variáveis climáticas medidas no município. Os métodos estatístico utilizados foram o teste de Shapiro-Wilk, a correlação de Pearson e regressão linear múltipla. Esse estudo encontrou correlação entre os elementos climáticos e internações por doenças hipertensivas. A correlação verificada com os elementos climáticos indica que as internações por DAC apresentam correlações de moderadas a fortes. As variáveis temperatura média e umidade relativa do ar são as que mais influenciam no comportamento destas doenças. Os elementos climáticos juntos explicam 43% das internações por doenças hipertensivas, 36% das internações por doenças isquêmicas do coração e 34% das internações por insuficiência cardíaca.

Perfil epidemiológico das internações por doenças do aparelho circulatório em idosos no período de 2019 a 2022

“…Outro ponto a ser considerado em relação ao aumento do número de internações são as mudanças climáticas. Alterações relativas à temperatura do ar, umidade relativa do ar, precipitação pluviométrica e pressão atmosférica associadas a outros fatores de risco como hábitos de vida e presença de outras comorbidades podem atuar como elementos desencadeadores das doenças do aparelho circulatório (XAVIER et al, 2021).…”