Este trabalho apresenta uma aplicação prática da metodologia de mapeamento da vulnerabilidade da paisagem à perda de solo e foi desenvolvido sobre o território do Município de Francisco Beltrão, localizado no Sudoeste do Estado do Paraná, Brasil, com área de 73.294,4125ha. Nele avaliou-se a vulnerabilidade potencial que está associada à potencialidade natural sem a ação antrópica e a vulnerabilidade emergencial que está associada à relação ao grau de impacto antrópico. Determinada a vulnerabilidade potencial, verificou-se que a área de estudos é naturalmente protegida da vulnerabilidade ambiental, pois, 79,8% de sua área possui grau moderadamente estável; 19,2%, possui, grau medianamente estável/vulnerável; e 0,9%, tem grau estável. Determinou-se a vulnerabilidade emergencial a partir da vulnerabilidade para o uso da terra em quatro coleções do MapBiomas: 1992, 2002, 2012 e 2022. O grau de vulnerabilidade medianamente estável/vulnerável é o predominante. Em 1992 compreendia 74,6% do território; em 2002, 73,4%; em 2012, 69,3% e em 2022, 67,4%. O grau de vulnerabilidade moderadamente estável, aparece em segundo lugar, com o seguinte comportamento: em 1992 abrangia 21,2% do território; em 2002, 22,4%; em 2012, 25,9% e em 2022, 27,0%. O grau estável variou: 3,9% do território em 1992; 3,8%, em 2002; 4,2% em 2012 e 4,5% em 2022. O grau moderadamente vulnerável variou de 0,4% do território em 1992 para 1,1% em 2022. Analisando estatisticamente a correlação entre a vulnerabilidade potencial e a vulnerabilidade emergencial em 2022, obtém-se um coeficiente de correlação r -0,0111785616. Esse valor, se transportado para o coeficiente de determinação R2, torna-se em 0,0001249602. Isso significa que as duas formas de vulnerabilidade estão correlacionadas em 0,012%, indicando uma correlação fraca ou praticamente inexistente, ou seja, que as áreas com vulnerabilidade emergencial em 2022 são, na grande maioria, diferentes que a vulnerabilidade potencial.