Análise De Chuvas Orográficas No Centro Do Estado Do Rio Grande Do Sul

Abstract

No Estado do Rio Grande do Sul (RS) o regime pluviométrico não é homogêneo, apresentando variabilidade espacial e temporal condicionadas às interações de diferentes mecanismos climáticos. Estas particularidades fazem surgir diferentes comportamentos da chuva, incluindo as chuvas orográficas. O objetivo deste artigo é analisar a provável existência do efeito orográfico nas chuvas da região central do RS. O estudo foi realizado no município de Silveira Martins, pois sendo vizinho do município de Santa Maria, está no limite da Depressão Central e o Planalto Meridional Riograndense. Para atingir o objetivo foi realizado o monitoramento das chuvas com a instalação de dez postos pluviométricos. Foram instalados quatro postos a barlavento e seis a sotavento de Silveira Martins, sendo comparados estatisticamente os totais médios precitados nas duas posições. Além disso, caracterizaram-se os eventos de chuva a partir de imagens de satélite do banco de dados digital do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O monitoramento ocorreu no ano hidrológico de 2011/2012, totalizando 30 eventos e, em média, 953,13 mm de chuva. Ao nível de significância de 5%, a análise estatística sugere a ocorrência de efeito orográfico. A partir da análise das imagens de satélite nos dias dos eventos pode-se evidenciar que o efeito orográfico da região intensifica as chuvas frontais decorrentes do movimento das massas de ar polares, no sentido principal sudoeste-nordeste.

Seasonal intensity-duration-frequency relationships for Pelotas, Rio Grande do Sul, Brazil

“…These systems are characterized by long-term rainy events. Moreover, some cities are more affected than others, with greater total maximum values of rainfall in the winter, as observed in this study in Pelotas in the southern part of the state (Forgiarini et al, 2013).…”

Variabilidade Topoclimática Da Precipitação Pluviométrica E O Efeito Orográfico Na Zona Norte De Santa Maria/Rs.

“…Conforme afirmam Rossato (2014) e Sartori (2016), a distribuição da precipitação pluviométrica na região da área de estudo é determinada pelas passagens semanais dos sistemas frontais. Forgiarini et al (2013) corrobora as autoras afirmando que, associado ao avanço os sistemas frontais, o relevo também influência na distribuição pluviométrica mensal na região central do Rio Grande do Sul. Esta relação pode ser observada a partir dos valores médios mensais encontrados para os pontos PSO e PNMM.…”

Preliminary study on the case of black rain in Rio Grande do Sul, Brazil: A synoptic point of view

“…Over RS, precipitation is fairly well distributed throughout the year, but it presents spatial and temporal variability conditioned to the interactions of different climatic mechanisms (Grimm, 2009;Alvares et al, 2013;Forgiarini et al, 2014). Studies such as Forgiarini et al (2014) indicate that the state's climate is controlled by the advancement of polar air masses, with the direction most often southwest-northeast, however, at the same time there is the invasion of subtropical air masses, even equatorial ones, originating of the Amazonian humidity channel that reaches the state from the northwest. This factor, associated with the relief (local factor), is responsible for the spatial inhomogeneity of the rains in the state.…”