As séries temporais maregráficas são fundamentais à integração dos sistemas altimétricos e batimétricos de referência. Logo, é fundamental separar os sinais de origem não oceânica de tais observações. O objetivo desse trabalho é avaliar a variação da movimentação vertical local de regiões que abrigam estações maregráficas considerando aspectos sobre a qualidade da rede de nivelamento e a análise temporal. A rede de nivelamento da Estação Maregráfica de Imbituba (SC) foi avaliada segundo controle de qualidade amplamente utilizado na Geodésia. Assim, foram realizadas as análises dos resíduos, da confiabilidade interna, do número de redundância e do teste global do ajustamento. Para a avalição da variação vertical das estações geodésicas fez-se classificação preliminar em relação ao tipo construtivo, a magnitude das taxas de variação temporal, da frequência de outliers e nível de confiança. Os controles de qualidade aplicados indicaram que a rede comportou-se de forma homogênea e as observações têm precisões melhores do que o esperado. A grande maioria dos resíduos foram inferior a 0,5 mm e as redundâncias parciais classificadas como “suficiente” (0,1 ≤ r i ≤ 0,3) e “boa” (0,3 ≤ r i ≤ 1). Os testes globais mostraram que as observações estão melhores que a estabelecida na pré-análise. A variação vertical das estações geodésicas classificadas como A e B apresentaram taxa média de variação vertical de +0,02 mm/ano e nenhum outlier; enquanto as estações classe C, após a identificação e separação de outliers, 53% da amostra da classe, apresentaram uma taxa média de variação vertical de -0,17 mm/ano, indicando uma característica de recalque. Ficou evidente que o acompanhamento temporal é indispensável às correções para determinação de séries maregráficas integras, livres de influências de origem não oceânica.