Resumo Este artigo investiga os determinantes da reincidência prisional a partir de dados sociodemográficos e criminais de egressos de estabelecimentos penais de Santa Catarina. Utilizam-se dados disponibilizados pelo Sistema de Identificação e Administração Prisional (IPEN) da Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa de Santa Catarina. Foram utilizados métodos da análise de sobrevivência, mais especificamente o indicador Kaplan-Meier e o modelo de Cox, para caracterizar o perfil e estimar probabilidades de reincidência. Foi observada uma taxa de reincidência prisional de 31,7%, que é relativamente baixa quando comparada com outros estudos com dados brasileiros. Os resultados confirmaram a relevância de diversos fatores para explicar as taxas de reincidência. Homens, solteiros, de cor/raça preta, mais jovens, com menor grau de instrução, sem religião, que receberam menos visitas enquanto presos, com mais condenações pretéritas, com histórico de fuga e evasão e que haviam cometido crimes contra a propriedade tinham taxas mais elevadas.