O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) representa uma das principais etiologias de morbimortalidade em escala global, exercendo um impacto substancial no contexto da saúde pública. O presente estudo tem por objetivo analisar a incidência de internações por Infarto Agudo do Miocárdio no território brasileiro entre janeiro de 2019 e janeiro de 2024, focalizando na determinação da prevalência em distintas faixas etárias, gêneros e regiões geográficas do país. O método empregado adota uma abordagem descritiva e quantitativa, utilizando o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (DATASUS), com vistas a examinar as estatísticas de internações por Infarto Agudo do Miocárdio em nível nacional. Os resultados revelam um total de 751.461 internações registradas durante o período sob análise. Dessas, 366.213 (48,74%) ocorreram na Região Sudeste, 147.036 (19,56%) no Nordeste, 142.725 (19,00%) no Sul, 62.815 (8,35%) na Região Centro-Oeste e 32.672 (4,35%) na Região Norte. Do total, 477.916 (63,60%) acometeram pacientes do sexo masculino, enquanto 273.545 (36,40%) foram do sexo feminino. Das 751.461 internações, 6.344 (0,85%) referem-se a pacientes com idades variando de menos de 1 ano a 29 anos, enquanto 745.117 (99,15%) ocorreram em indivíduos com idades entre 30 anos e mais de 80 anos. Além disso, o estudo reporta os gastos associados ao tratamento, que alcançam o montante aproximado de R$ 794.132.160,21, cujas cifras representam um significativo impacto nas finanças destinadas à saúde pública do país. Diante desse panorama, são delineadas estratégias de intervenção, as quais incluem programas de educação em saúde, políticas preventivas e o fortalecimento dos sistemas de saúde visando assegurar o acesso ao tratamento e à reabilitação cardíaca. Conclui-se que uma abordagem integrada e fundamentada em evidências se mostra essencial para mitigar o ônus do IAM na saúde pública e aprimorar os desfechos clínicos dos pacientes.