A segurança do paciente é destaque nacional e internacional nos serviços de saúde, e requer abordagem centrada no paciente, o fomento à cultura de segurança e eliminação de danos evitáveis nos cuidados de saúde, conhecimentos que devem ser disseminados desde cedo ainda na formação profissional e de forma permanente e continuada aos profissionais de saúde.Seu conceito é compreendido como a redução, a um mínimo aceitável, do risco de um dano desnecessário associado ao cuidado de saúde (1) , e a temática ganhou destaque mundialmente com a divulgação do relatório "Errar é Humano" (To err is human) em 1999 pelo Instituto de Medicina (IOM). Esse relatório evidenciou a extensão do problema numericamente, estimando que metade das mortes norte-americanas decorrentes de eventos adversos seria evitável. Esse movimento mundial em prol do cuidado seguro motivou a criação, em 2004, pela Organização Mundial de Saúde, da primeira edição da Aliança Mundial para Segurança do Paciente, que atribuiu aos países membros, dentre eles o Brasil, o desenvolvimento de políticas públicas e práticas voltadas para Segurança do Paciente (2) .Em 2021, na 74ª Assembleia Mundial da Saúde, em 2021, no "Plano de Ação Global para a Segurança do Paciente 2021-2030: rumo a eliminação de danos evitáveis nos cuidados em saúde" define-se segurança do paciente como "uma estrutura de atividades organizadas que cria culturas, processos, procedimentos, comportamentos, tecnologias e ambientes na área da saúde para diminuir os riscos de forma consistente e sustentável, reduzir a ocorrência de dano evitável, tornar os erros menos prováveis e reduzir o impacto do dano quando ele ocorrer" (3) .