Análise do conhecimento dos jovens universitários sobre os métodos de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis/vírus da imunodeficiência humana na prática do sexo oral: resultados preliminares

Abstract

Introdução: O sexo oral consiste na penetração dos órgãos genitais por meio da boca, dos lábios e da língua. Essa atividade sexual desprotegida gera riscos para a saúde, principalmente em razão da possibilidade de contaminação por infecções sexualmente transmissíveis. Objetivo: Estudar a relação entre o conhecimento sobre uso de métodos para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e a prática de sexo oral seguro por jovens universitários. Métodos: Esse estudo tem desenho exploratório transversal com abordagem quantitativa. A coleta foi realizada no Departamento de Ciências da Vida na Universidade do Estado da Bahia. Os indivíduos foram convidados a preencher um questionário anônimo e autoexplicativo com questões sobre práticas sexuais e conhecimentos sobre infecções sexualmente transmissíveis. Resultados: Na amostra constaram 205 estudantes dos cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Nutrição. A maioria dos questionários respondidos (54,1%) foi de estudantes do curso de Medicina. Sobre as práticas sexuais dos participantes, 157 (69,8%) realizavam sexo oral, porém 70,6% (120) nunca haviam utilizado camisinha e apenas 7,8% (13 estudantes) a usavam regularmente. Não encontramos correlações entre conhecimento sobre transmissão de infecções sexualmente transmissíveis e uso regular de camisinha no sexo oral. Prevenir infecções sexualmente transmissíveis é a principal motivação para o uso de camisinha, porém é significativa a quantidade de jovens que nunca utilizaram preservativo no sexo oral. Essa prática sexual segura é influenciada por aspectos socioculturais, além de apenas o conhecimento sobre o perigo do ato sexual desprotegido. Conclusão: O uso de preservativos na prática oral foi reduzido entre jovens estudantes da área da saúde, sendo fator de risco importante para transmissão de infecções sexualmente transmissíveis. O conhecimento sobre as infecções sexualmente transmissíveis não é o único fator relacionado ao uso de camisinha no sexo oral, necessitando mais estudos sobre essa temática e amplo debate sobre sexo oral seguro na sociedade, com destaque na população jovem universitária.

Knowledge on post-exposure prophylaxis, sexual behavior, and vulnerabilities to HIV and other STIs among young adults in Brazil

“…These findings are possibly related to the fact that older people are, to a greater extent, in stable relationships, a variable which has a strong association with irregular condom use, suggesting a utopic feeling of absolute protection between fixed partnerships (36) . Belonging to the health area, in this study, was not a predictor of consistent condom use, evidencing that technical-scientific information is not enough by itself, one must have a self-perception of risk and susceptibility to STIs (37) .…”