Análise Do Perfil Dos Servidores Técnico-Administrativos De Uma Ife Após a Promulgação Da Lei Federal 11.091/2005

Abstract

Desde a percepção do trabalhador como diferencial competitivo, as organizações passaram a buscar sua motivação e desenvolvimento. As instituições federais de ensino desenvolveram planos de carreira, objetivando capacitar e qualificar seus servidores, diante da maior efetividade de suas ações. O objeto deste trabalho é o perfil dos TAE da UFSJ, 12 anos após a promulgação da Lei Federal 11.091/2005, que concede incentivos financeiros conforme a obtenção de titulações superiores às exigidas para o ingresso nos cargos. Este levantamento é uma pesquisa descritiva, que realizou análise quanti-qualitativa dos dados extraídos de sistemas informatizados utilizados pela Universidade. Observou-se que a supramencionada Lei influenciou os servidores ingressantes a partir de 2005 a buscar maiores níveis de instrução, embora não tenha sido capaz de fazê-lo com os que já estavam no serviço público nesta ocasião, o que leva a inferir que tem havido uma mudança gradual na cultura dessas instituições.

Socialização organizacional em campus de Instituto Federal

“…Observa-se que, quando a organização planeja e implementa a socialização de forma estratégica, os resultados alcançados podem ser visualizados pela consolidação do processo de aprendizagem promovido pela instituição e pelo desenvolvimento do novo profissional (SILVA et al, 2014). Quando não há esse planejamento, a motivação dos servidores em aprender deixa de cumprir seu papel de aplicar, cotidianamente, em suas atividades os conhecimentos adquiridos e se condiciona somente ao aumento de sua remuneração (RIBEIRO et al, 2017).…”

“…A inexperiência profissional (5,7%) e a falta de orientação e esclarecimento das atribuições (12,9%) são entraves que podem ser solucionados com uma cultura organizacional voltada ao compartilhamento de informações em todos os níveis, às interações com os colegas de trabalho e à prática do aprendizado social coletivo, visto que é por intermédio dos indivíduos que ocorrem as mudanças mais relevantes na instituição (ROBBINS, 2005;BEM;PRADO;DELFINO, 2013;MARTINELLI ;BRUM;WAECHTER, 2013;LIMA, 2016.). Há, também, os problemas de comunicação (4,3%) e inconsistência na gestão (7,1%), os quais preci-sam ser direcionados, dentro do contexto da socialização organizacional, pelos gestores a fim de ajudar o servidor a desenvolver, de forma eficiente e eficaz, suas atribuições por intermédio de uma comunicação que consiga alinhar os objetivos individuais aos da organização, anteveja possíveis riscos, estreite vínculos e impulsione um ambiente favorável, e, ainda, ponha um planejamento e consolidação no processo de aprendizagem (SILVA et al, 2014;RIBEIRO et al, 2017;TIBURCIO;SANTANA, 2014).…”