Análise dos potenciais medicinais do cajueiro (Anacardium occidentale Linn): uma breve revisão

Abstract

A Anacardium occidentale Linn, conhecida popularmente como cajueiro, é uma espécie vegetal nativa do nordeste do Brasil. Dentre seus usos, pode-se destacar o medicinal, em processos terapêuticos e curativos. O objetivo deste estudo é discorrer acerca dos potenciais medicinais do cajueiro na medicina popular nordestina, analisando suas propriedades e principais usos pela população. Trata-se de uma breve revisão de literatura que se utilizou de estudos publicados entre 2002 e 2020, disponíveis na base de dados Google Acadêmico, as buscas se fizeram a partir das palavras-chave “Anacardium occidentale L.”, “Anacardium occidentale L. caatinga”, “Anacardium occidentale L. etnobotanica” e “Anacardium occidentale L. medicinal”. Dos 30 trabalhos selecionados, 10 foram eleitos segundo critérios de inclusão para comporem o presente artigo. Os estudos indicam potenciais para tratamento e/ou cura de ferimentos, inflamações, infecções e problemas gastrointestinais, principalmente, em razão de propriedades derivadas de seus metabólitos secundários. Além disso, evidencia-se a necessidade da realização de mais estudos voltados à temática, visando o fortalecimento das pesquisas etnobotânicas do Brasil.

Potencial antimicrobiano das nanopartículas de prata estabilizadas em curcumina e extrato de folhas de cajueiro (Anacardium occidentale L.)

“…Dentre as plantas ricas nestes compostos encontra-se o cajueiro (Anacardium occidentale L.), planta nativa do Brasil com característica dos campos e das regiões costeiras do Norte e Nordeste. Considera-se que o potencial antimicrobiano da planta se dá pela ação dos lipídeos fenólicos, flavonoides, apigenina, kanferol, quercetina e agastiflavona que possibilitam a estabilização das nanopartículas e fixação em sua superfície (Novaes & Novaes, 2021).…”

“…A presença de compostos ativos nas plantas facilita a estabilização das nanopartículas. Entre estes compostos estão os flavonoides, apigenina, kanferol, quercetina e agastiflavona encontrados no cajueiro (Anacardium occidentale L.), planta nativa do Brasil com característica dos campos e das regiões costeiras do Norte e Nordeste (Novaes e Novaes, 2021). Outro composto usual é a curcumina, um polifenol presente no rizoma da planta (Curcuma longa) com ação antioxidante, antimicrobiana, anticoagulante e anticâncer (Carneiro & Macedo, 2020).…”

Diversidade de plantas alimentícias encontradas em quintais da comunidade Bom Lugar, Campo Maior-PI

“…Dentre as plantas de maior importância nos quintais, a presença expressiva de A. occidentale (caju) nos quintais estudados pode estar relacionada ao seu alto valor econômico. Esta é uma espécie bastante comum no Brasil e a região Nordeste tem se destacado no cenário nacional, sobretudo, na região do semiárido, por gerar postos de trabalho e renda na época mais seca do ano (Brainer & Vidal, 2018;Novaes & Novaes, 2021). E em quintais, em virtude das variadas possibilidades de consumo desta espécie tem sido relatada como de maior ocorrência (Florentino, Araújo & Albuquerque, 2007).…”

Prospecção fitoquímica do extrato hidroetanólico da folha de AnacardiumoccidentaleLinn (Cajueiro)

“…O uso mais comum é através da infusão da casca e folhas ou do leite derivado da casca do caju. O uso adequado do princípio ativo requer preparação específica de acordo com a doença a ser tratada (Novaes;Novaes, 2021) Os extratos das folhas do cajueiro têm se mostrado eficazes no tratamento de doenças e também não permite a proliferação de micro-organismos, como fungos e bactérias. Porém, no as folhas não tem tido seu destaque merecido, uma vez que a maioria dos produtores agrícolas consideram as podas das árvores como um rejeito, já que a indústria, de modo geral, não reconhece sua relevância devido às aplicações e propriedades (Silva;Lopes, 2020).…”