Análise dos registros da assistência de enfermagem na sala de recuperação pós-anestésica

Abstract

Objetivo: analisar o método de registro da enfermagem realizado no prontuário do paciente admitido na Sala de Recuperação Pós-Anestésica de um Hospital Geral no extremo Norte do Brasil. Método: Estudo descritivo, do tipo documental com abordagem quantitativa. Resultados: Dos 24 prontuários analisados, 91,66% apresentavam ficha de sistematização da assistência preenchida de forma parcial e 8,33% não continham a ficha ou anotação dos parâmetros vitais. Com identificação legal e ética 91,67% dos prontuários e 87,5% utilizavam apenas abreviaturas reconhecidas. 41,67% dos registros estavam ilegíveis e 91,67% apresentavam linhas em branco. Conclusão: O instrumento de registros em prontuário utilizado no centro cirúrgico pelos Enfermeiros se mostrou limitado e incompleto, não atendendo ao guia Cofen para registro pós-operatório ou às recomendações da SOBECC e da Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico/Recuperação Anestésica, evidenciando fragilidade na assistência de enfermagem prestada.

Cuidados de enfermagem no centro cirúrgico hospitalar em assistência perioperatório

“…Quadro 2 -Tabela da seleção dos artigos identificados através da pesquisa na base de dados, Brasil, 2022. O enfermeiro no seu exercício profissional propõe-se a identificar as necessidades do paciente por meio de diálogo, escuta e orientações que contribuam para a melhora do conhecimento e das habilidades requeridas para manter um comportamento adequado de saúde (Amorim et al, 2021). Em uma revisão da literatura acerca das visitas de Enfermagem pré e pós-operatórias elucidou que visitas de Enfermagem no pré-operatório, diminuem a ansiedade dos pacientes, possibilitando o esclarecimento das dúvidas dos pacientes e de seus familiares/acompanhantes com o enfermeiro sobre o procedimento anestésico cirúrgico, proporcionando melhor experiência para o paciente e, inclusive, prevenindo complicações pós-operatórias (Camargo et al, 2021).…”

Confiabilidade do Índice Aldrete Kroulik na sala de recuperação pós-anestésica

“…O parâmetro incompletude foi classificado como muito baixo (percentual abaixo de 5%) para todas as variáveis estudadas. De maneira semelhante, pesquisa feita na SRPA de um hospital de referência em Boa Vista encontrou que 8,3% dos dados não foram preenchidos e que 91,6% obtiveram a completitude das informações (18) .…”

E-Book Da Teoria À Prática: O Poder Da Pesquisa E Extensão

“…E a terceira o pós-operatório mediato tem início após as primeiras 24 horas e se estende até a alta do paciente.Neste contexto, as autoras Ribeiro, Peniche e Silva,(2017), destacam que a SRPA é uma área específica para atender as necessidades de clientes que passaram por procedimentos cirúrgicos e receberam drogas anestésicas. Neste ambiente, devido a possibilidade de alterações, sejam elas hemodinâmicas ou aerodinâmicas, os pacientes são monitorados e recebem cuidados intensivos até que se recuperem dos efeitos da anestesia e da cirurgia(AMORIM et al, 2021). Nesse sentido, o objetivo da SRPA é prevenir possíveis complicações, como hipóxia, obstrução das vias aéreas, apneia pós-operatória, complicações cardiovasculares e bloqueio neuromuscular residual pós operatório(ARAÚJO LIMA et al, 2019).Neste setor, os enfermeiros têm competência científica e prática para identificar as mudanças, planejar e executar cuidados específicos que possam prevenir complicações de alta complexidade que podem surgir dos procedimentos cirúrgico-anestésico, além de assegurar maior sobrevida e segurança ao cliente neste período.…”

“…Nesse sentido, o objetivo da SRPA é prevenir possíveis complicações, como hipóxia, obstrução das vias aéreas, apneia pós-operatória, complicações cardiovasculares e bloqueio neuromuscular residual pós operatório(ARAÚJO LIMA et al, 2019).Neste setor, os enfermeiros têm competência científica e prática para identificar as mudanças, planejar e executar cuidados específicos que possam prevenir complicações de alta complexidade que podem surgir dos procedimentos cirúrgico-anestésico, além de assegurar maior sobrevida e segurança ao cliente neste período. Por isso, o período de recuperação pósanestésica requer atenção permanente da equipe de enfermagem e monitorização dos sinais vitais, recuperação do nível de consciência e diminuição dos riscos de complicações póscirúrgicas até sua estabilização e transferência/alta(AMORIM et al, 2021;MATTOS et al, 2022).Adicionalmente, a Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP) é um processo que visa garantir a qualidade e a segurança do cuidado aos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos (PREARO; FONTES, 2019). No entanto, apesar do papel crucial do enfermeiro e de sua importância, a SAEP ainda enfrenta diversos desafios para sua efetivação na prática clínica, como a sobrecarga de atividades gerenciais, falta de planejamento e conhecimento sobre a SAEP, necessidade de modernização do sistema, além do elevado número de cirurgias e déficit de enfermeiros de CC(FERRARI et al, 2016;GRITTEM;MEIER;PERES, 2009).Além disso, os autoresFerrari et al (2016) e Grittem, Meier ePeres (2009) mencionam que há uma carência de instrumentos padronizados e validados que orientem a aplicação da SAEP de forma sistematizada e baseada em evidências científicas.…”