Análise dos sinais vitais e do desempenho cardiorrespiratório de pessoas com disfunções neurológicas após realização de um protocolo de reabilitação

Abstract

Este estudo teve como objetivo avaliar os sinais vitais e o desempenho cardiorrespiratório (velocidade média durante o treino aeróbico) de pessoas com disfunções neurológicas após realização de um protocolo de reabilitação. Participaram 14 voluntários de ambos os gêneros, entre 18 a 85 anos. Ao longo do protocolo foram coletados os sinais vitais durante o repouso inicial; esforço e recuperação. Foram avaliados parâmetros como: pressão arterial (PA), saturação periférica de oxigênio (SpO2), frequência cardíaca (FC), escala de percepção subjetiva de esforço (BORG) e velocidade média da marcha em um programa de reabilitação cardiorrespiratória durante 12 semanas, totalizando 24 sessões, sendo que cada sessão teve duração de 1 hora. Verificou-se que a frequência cardíaca de recuperação pós exercício reduziu em relação aos esforços, mas não retornou aos valores basais com diferença estatística. Por sua vez, a frequência cardíaca inicial durante o repouso ao longo do tratamento, apresentou diminuição significativa (p<0,05). O desempenho cardiorrespiratório se comportou em fases (fase inicial, intermediária, final), sendo que o resultado mais satisfatório ocorreu na fase final, a partir da 14ª sessão. A FC durante o esforço apresentou um aumento significativo de 6%. Assim, foi possível constatar que após a reabilitação cardiorrespiratória, a FCi diminuiu, ocorreu melhora do desempenho sem grandes variações de FC, PA e SpO2 durante o esforço, demonstrando que o tratamento foi benéfico e seguro para os voluntários com lesão do sistema nervoso central.

Perfil clínico-funcional e qualidade de vida de pacientes neurológicos inseridos em um programa de reabilitação

“…De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima-se que, mundialmente, existam mais de um bilhão de pessoas que apresentam algum tipo de doença neurológica e a tendência é que esse número duplique nos próximos 20 anos à medida que a população mundial envelhece [1][2][3] .…”

“…Devido à complexidade anatômica e funcional do sistema nervoso, as doenças neurológicas geram no indivíduo múltiplas alterações orgânicas e psíquicas, e, consequentemente, formas variáveis de adaptação às incapacidades decorrentes dos danos neurológicos. A saber, no Brasil a prevalência é de 12,4 milhões (6,2% da população) de pessoas com alguma incapacidade intelectual, física, auditiva ou visual [1][2][3] .…”