A leishmaniose é uma zoonose parasitária ocasionada por protozoários do gênero Leishmania spp. e está presente em vários continentes. Este parasito é transmitido por flebotomíneos pertencentes à espécie Lutzomyia longipalpis, e apresenta como hospedeiros várias espécies de animais silvestres, sinantrópicos e domésticos, como os cães e os felinos. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi fazer uma revisão de literatura sobre a leishmaniose felina. A pesquisa foi realizada nas bases de dados Pubmed, Google acadêmico, Scielo e ScienceDirect, utilizando os descritores leishmaniose felina, calazar em felino, leishmaniose, epidemiologia de leishmaniose no Brasil e selecionado artigos publicados no período de 2013 a 2022. Estudos apontam que em áreas endêmicas para leishmaniose é habitual a presença de gatos positivos para esta enfermidade. Alguns sintomas como: lesões cutâneas, lesões nodulares ou ulceradas no focinho, lábios, orelhas e pálpebras e alopecia, estomatite, gengivite, mucosas hipocoradas, caquexia, vômitos, diarreia e descarga nasal crônica podem ser confundidos com outras doenças comumente apresentadas em felinos. O diagnóstico alcançado a partir de sinais clínicos não é possível, uma vez que, a ausência de um padrão de alterações, dificulta o direcionamento do profissional a assegurar que se trata de leishmaniose. Os felinos domésticos apresentam resposta imunológica diferente em relação aos caninos, pois acredita-se que cães apresentam uma competência prejudicada de montar uma resposta imunológica mediada por células fortes e eficazes, visto que, nos gatos a resposta pode ser mediada por essas células reforçando suas chances de resistência à infecção. A monoterapia com alopurinol é a única opção para o tratamento. Os felinos vem crescendo sua população, e também o contato com o homem, por esse motivo é importante mais estudos para elucidar seu papel para a saúde pública.