Grande parte das atividades executadas pelos policiais militares no exercício de sua função tem potencial de expô-los a riscos ergonômicos, danos pessoais e lesões ocupacionais. Além de estarem expostos a uma demanda física desproporcional, os policiais também se encontram sujeitos a tensões que ameaçam seu bem estar psicológico. Esta pesquisa objetiva analisar o espaço de trabalho dos Policiais Militares em um batalhão localizado no interior do estado de Minas Gerais, a fim de propor soluções para os principais pontos de melhoria relacionados à saúde e conforto destes profissionais. Mediante esse cenário, foi realizado um estudo de caso quantitativo e qualitativo. Para tanto foram utilizados como métodos de coleta de dados a realização de entrevistas, bem como o uso dos métodos ergonômicos Rapid Upper Limb Assessment (Rula) e o Questionário Nórdico Musculoesquelético (NMQ), os quais permitiram uma compreensão efetiva do ambiente ao qual esses profissionais estão inseridos e consequentemente o levantamento dos pontos a serem melhorados. Como resultados obtidos, foram verificados pontos importantes de melhoria, tendo sido feitas proposições como o rodizio de turnos em operações, acompanhamento e apoio psicológico dos policiais. Além disso, foi proposta a modificação do layout para reduzir problemas de amplitude de movimentação, assim como a troca ou adaptação de parte do mobiliário e criação de um programa de conscientização para reduzir dores e efeitos adversos do trabalho.