A elucidação dos casos paucibacilar, forma oligossintomática e inespecificidade dos sintomas dificultam o diagnóstico da TB em menores de 10 anos. Neste sentido, este estudo teve como objetivo analisar a associação das características da tuberculose entre crianças e adolescentes em Porto Velho-RO. Estudo descritivo, realizado de forma transversal e abordagem quantitativa a partir dos registros dos casos de tuberculose, com menores de 18 anos e residentes no município, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no período de 2008 a 2018. Posteriormente, os dados foram analisados por meio de distribuição de frequência, teste Qui-quadrado e exato de Fisher, bem como análise de resíduos para verificar a associação, considerando um nível de significância de 5%. Verificou-se que, no período analisado, houve diferença estatística para escolaridade (p=0,001), exame de baciloscopia de escarro (p=0,009), radiografia do tórax (p=0,035), unidade de saúde de notificação (p=0,000) e de tratamento (p=0,000), além da situação de encerramento (p=0,003). Embora algumas variáveis não tenham apresentado diferenças estatisticamente significativas entre crianças e adolescentes, é importante refletir sobre as ações realizadas e preenchimento no sistema de informação para a formulação das ações e estratégias. Torna-se necessário a implementação de estratégias voltadas a atender as particularidades deste público identificando precocemente os casos e articulando os diferentes níveis de atenção para o manejo e cogestão dos casos, com protagonismo e inserção de forma resolutiva pela Atenção Primária à Saúde.