“…COSTA (3) reconhece porém, que, em sendo um músculo estriado, o MCF pode apresentar diferentes comprometimentos morfofuncionais, tais como espasticidade, rigidez, hipertrofia e hipertonia, decorrentes principalmente das diferentes doenças neuromusculares ou disfunções primá-rias do MCF e, assim, a intervenção sobre esta estrutura possa apresentar resultados desde que se mantenha a pressurização faríngea ou integridade no complexo hióide-laríngeo, responsável pela elevação e anteriorização da laringe (7) . COOK e KAHRILAS (2) , em 1999, referem em importante artigo de revisão, que a miotomia do MCF é a técnica cirúrgica mais utilizada para o tratamento da disfagia orofaríngea, permitindo em média redução de 50% da pressão de repouso do ESE, decorrente do aumento de sua abertura e redução da resistência ao fluxo do bolo, mas que tem melhor eficiência quando indicada para o tratamento dos distúrbios estruturais, tais como estenoses, membranas e divertículo de Zenker, diferentemente das suas indicações decorrentes de causa neurogênica, tendo demonstrado que existem poucos trabalhos com pequeno valor em termos de evidência clínica, apesar de suas indicações indiscriminadas.…”