Análise integrada da paisagem: perfis geoecológicos na transição Planalto Ocidental - Depressão Periférica no município de São Pedro, estado de São Paulo

Abstract

O presente artigo aborda as contribuições advindas do uso de perfis geoecológicos na análise integrada da paisagem. A pesquisa foi baseada no estudo de transectos na transição do Planalto Ocidental para a Depressão Periférica em São Pedro - SP, e buscou compreender a organização e dinâmica da paisagem local, de modo a hierarquizar as forças atuantes em uma perspectiva geossistêmica. Fazendo uso de bases cartográficas, fotografias aéreas e imagem SRTM, levantaram-se características geológicas, geomorfológicas, pedológicas e hidrográficas, bem como a vegetação original e uso da terra atual. Ainda no contexto geográfico, foi possível estabelecer relações sistêmicas entre os temas escolhidos e suas respectivas escalas de atuação, verificando-se a interação dos elementos que compõem a paisagem a partir de um perfil síntese, permitindo também melhor compreensão da atuação antrópica na área de estudo. Os resultados demonstraram forte influência de caráter litoestrutural, assim como uma ocupação antrópica dependente das condições topográficas e pedológicas.

Early human-Earth interactions and the initial peopling of the lowlands of southeastern South America (São Paulo, Brazil)

“…The Cuestas compartment differs from these majoritarian patterns in the western São Paulo, as it is characterized by a set of escarpments with local vertical unevenness of up to 400 m, which separates the Peripheral Depression from the Western Plateau (figure 1, and figure 2D). It is also noteworthy for the abundance of rocky outcrops, which shows preferentially in the steeper escarpments (Almeida, 1964;Carneiro, 2018;Ramos et al 2019). In the other compartments connected to the Paraná Sedimentary Basin, rocky outcrops are rare, since they are deeply altered in soils that reach tens of meters in depth (EMBRAPA, 2020).…”

Perfil Geoecológico do Parque Nacional da Serra do Gandarela, Minas Gerais, Brasil

“…Nesta taxonomia, o Geossistema compreende uma unidade que integra dinamicamente fatores geomorfológicos, climáticos e hidrológicos, apresenta o mesmo tipo de evolução, sólida unidade biológica e ecológica e, muitas vezes, fisionomia homogênea. Na mesma perspectiva, Ramos et al (2019) defendem que a superfície terrestre pode ser compreendida como unidade espacial que possui uma dinâmica de interações entre processos naturais e antrópicos, compondo assim uma relação sistêmica.…”

“…Estas premissas têm embasado diferentes estudos utilizando perfis geoecológicos para realização de análises integradas da paisagem, especialmente voltadas para a compreensão e gestão em unidades de conservação (JANSEN, 2014;MARENT;PORTILHO, 2017;LOPEZ;LEÃO, 2018;SANTOS et al, 2018;RAMOS et al, 2019 itabirito dolomítico e corpos de hematita, de idade Paleoproterozóica, além de coberturas de canga, de idade cenozoica, na transição entre os compartimentos. Este compartimento apresenta potencial para ocorrência de cavernas variando de médio, em sua porção oeste, a alto, mais para leste, à medida que atinge maiores altitudes e alcança as coberturas de canga.…”