“…Também poder-se-ia supor que parte dos assentados, após exaurir a maior parte dos recursos florestais, abandonou suas terras para, posteriormente, tentar repassar para terceiros, sendo este seu meio de vida, no momento, embora não tenham sido encontrados dados de outros assentamentos para discutir estes pontos. De acordo com Oliveira et al (2022), em estudo de assentamentos no município de Nioaque, o grande número de famílias que abandonou a região levanta questionamentos, tais como a qualidade dos solos, adequação dos assentados ao trabalho no campo, assistência técnica inadequada ou mesmo o processo de assentamento para ganhos rápidos, por meio da venda de madeira ou carvão, com posterior abandono do lote. De acordo com Le Tourneau e Bursztyn (2010), Conceição et al (2012), Pinto et al (2017 e Santos, Santos Júnior e Castrillion (2017), algumas situações são frequentemente citadas como entraves para o desenvolvimento sustentável dos assentados e sua permanência nos lotes, tais como a falta de ligação entre os selecionados e a área escolhida, dificuldades na emancipação posterior dos assentamentos e falta de recursos e assistência técnica.…”