A garantia de alimentação adequada e saudável envolve práticas educacionais favoráveis à inclusão e à justiça social. Por meio do acesso a alimentos de qualidade, populações podem atingir melhores índices de saúde, fator que se alinha aos princípios sanitários e humanitários globais. Assim, pensar no apoderamento – termo que diferencia-se de empoderamento – alimentar e nutricional, por meio da articulação entre conhecimentos da Educação, da Saúde e da alimentação se torna uma ação de grande importância para os mais diversos contextos da atualidade. Portanto, o objetivo deste ensaio é destacar a possibilidade de investimento no apoderamento alimentar e nutricional, enquanto direito humano que pode ser tensionado e potencializado por meio da Educação Alimentar e Nutricional, na perspectiva das discussões que envolvem os preceitos da educação em saúde. Para tanto, opera-se com levantamento bibliográfico e documental que serve como embasamento para a discussão proposta. Entende-se, após tais movimentos, que há grandes limitações no âmbito do apoderamento alimentar, especialmente por deterioração das políticas públicas frente aos discursos econômicos. Contudo, existem boas possibilidades de implementação de ideias e ações acerca da temática que podem ajudar populações.